Propomo-nos analisar o diário de viagem, Breviário do Brasil (1991), no qual a autora portuguesa, Agustina Bessa-Luís, explora as relações Luso-brasileiras. Uma relação que, segundo Anamaria Filizola, se constrói entre “ressentimento/fascínio” e “o que nos aproxima” e na qual a literatura desempenha um papel preponderante para “preencher os silêncios”, reativando a memória do passado e revelando um conhecimento partilhado. O nosso trabalho tentará abordar este diário de viagem à luz das ideias desenvolvidas por Edourad Glissant com o conceito de “poética da relação”, enquadrando-o também no que Gisele Sapiro e Pascale Casanova, entre outros, definem como uma “Literatura-mundo”.
This book has been published in October 2018